10 de agosto de 2012

Viver ou morrer?

Uma vida cheia de luxos, ter tudo o que quer e o que não quer não dá a felicidade, uma rapariga é vitima disso.
Ela não é feliz, pois mesmo que não lute pelas coisas, não trabalhe, tem tudo o que sempre sonhou e isso não a fazia feliz. Estava farta que os pais se metessem na vida dela, que eram os supostos "donos" dela.. Ela é adulta, mas não o suficiente para dizer " PAREM!". Não era capaz de magoar a mãe pois sabia que o seu único e maior sonho é nunca faltar nada á sua filha.
Um dia tudo mudou, ela cresceu e deixou de ser a menina dos pais. Fugiu de casa. Para bem longe, não deixou carta de despedida, não deu o ultimo abraço aos pais. A despedida é dura, tal como a morte.
Isso da morte, era o que lhe passava pela cabeça, de ver o seu mundo parado e ver todos os objectivos e sonhos sem qualquer acção.
Como disse, isso mudou, ela não quis qualquer bem material e financeiro vindo daquela família. Levou uma mala com alguma roupa, dinheiro das suas poupanças, e uma jóia de família que era passada de geração em geração. Farta de viver naquela mansão de luxo, eis que toma a decisão de fazer pela vida andar.
Arrendou uma casa pequena no campo, nada de empregados, riqueza e luxo. A única coisa que tinha era a força, o ódio da riqueza, e o amor pelos sonhos e objectivos.
Passaram-se uns bons anos, tudo estava quase na mesma, ela estava linda, o seu negocio de explorar campos para comercio, fez sucesso. Decidiu visitar os seus pais.
Surpreendeu-se a si mesma pois quando chegou á mansão estava vazia, nem um ser se encontrava. Estava tudo devastado como se uma tempestade passasse por lá.
Perguntou ás vizinhas mais próximas pela sua família, mas não a encontrou. Aflita, com o coração na mão por  não saber o que fazer, uma senhora de idade dirigiu-se até ela, entregando-lhe uma carta.
" Pega menina esta carta está aqui guardada dias após á sua ida, uma carta que não tive coragem de a ler, pois trazia uma energia nela, que só tu tens a chave para abrir."
Ela ao ouvir aquela senhora, ficou assustada e com medo que algo de grave se tivesse passado, então abriu o envelope, e agarrou na carta e abriu lentamente, apartir daí o mundo dela parou:
" Olá minha linda filha, espero que sejas tu a ler esta carta. Espero que esteja tudo bem contigo, nesta hora devo estar a olhar por ti no ponto mais alto do mundo, o céu. Não te preocupes comigo, eu estou feliz, e morri feliz.
Peço te desculpa pela infelicidade que te causei, não queria que tivesses saído de casa. No inicio não entendi a tua ida, estava revoltada, depois de tudo o que te dava, do dinheiro, da vida que eu tanto te queria dar. Depois andei pelo teu quarto e acabei por ler o teu diário. Arrepiei-me com cada palavra, senti-me fraca e inútil, senti-me a pior mãe do mundo. Vi o quanto sofrias por minha causa e por causa do teu pai, que fazia tudo para te dar dinheiro, para gastares em tudo o que querias.
Apreendi a lição, o dinheiro nunca trouxe felicidade, só sofrimento e dor. Agora perguntaste por morri feliz, e te deixei assim.. Eu respondo-te, eu morri feliz porque eu era a pessoa que és agora, uma menina de vida simples, só tinha ar puro, felicidade e carinho. Transformei-me nesta mulher que fui ao pensar em ti, não queria que te sentisses como eu me senti, que passasses por falta de comida, sede, necessidades. Casei-me com um homem que não amava só para te ver sorrir. No final das contas o que te fiz não foi o que querias, mas sim foi choro, sofrimento e tudo de mal que possa haver. Desculpa..Desculpa.. Agora antes de pensares em mim, pensa no teu bem estar, na tua felicidade, não sejas como eu, que só desejou uma vida financeiramente boa, e por fim acabei-me por me transformar num lixo, numa pessoa sem coração. Obrigada por me leres, e perdoou-a-me só assim ficarei descansada.
Muitos beijinhos do teu anjo da guarda,
Mãe"
Acabou a leitura, chorou tanto, um choro interminável. Não acreditou no que estava acontecer. Foi para casa, enquanto caminhava pelos cantos da sua casa abraçava a carta pois foi a ultima coisa que a sua mãe tocou antes de morrer. Ela teve uma ideia. Pegou numa caixa e escreveu, "Para o meu bem mais preciso". Os dias foram passando, e cada semana a caixa ia enchendo-se de cartas a contar os dias de felicidade que sentia.
Passaram-se anos.
Já tinha família construída, um marido que a amava de verdade, o sentimento era mutuo. Tinha uma filha, com o nome igual ao da sua mãe, Ana.
Chegou o momento de entregar essa caixa á sua filha, e disse:
" Lembra-te filha, a felicidade primeiro. O dinheiro nunca trará felicidade, só um amor verdadeiro, e a compreensão vão te poder dar isso. Vive a vida enquanto seja tempo, pois pode ser tarde demais para realizares os sonhos, como morrer numa praia, como se a tua vida tivesse acabado. Pensa bem nas escolhas. E isto *entregando a jóia de família* é um elemento de sorte, de energia. Toda a energia que mereces para caminhares pelo caminho certo, pelo teu próprio caminho"
E assim foi, construída a paz de espirito e da vida.
O exemplo desta mãe, foi multiplicando-se pela família de geração em geração. Tornando o mundo dela, cada vez melhor e puro, e acima de tudo feliz.

14 comentários:

Anónimo disse...

eu não estou com falta de inspiração, fofinha :D
aquilo de "olhar para lá do que se vê" é o que me faz ter mais inspiração (;

Renata disse...

Muito obrigada princesa ;D

Tatiana disse...

obrigado princesa (:

Dani disse...

óh linda tu escreves mesmo bem <3
é verdade, já a algum tempo que não falávamos

TOMA GOMINHAAAAAAS :D

- Susana . disse...

ainda bem princ :))

Ana. disse...

muito obrigada lind a:D

*AM* disse...

gostei imenso :)

Dani disse...

ahah,
de nada linda (:

andrii disse...

Muitíssimo obrigada, anjo!
Gostei muito do teu texto <3

catarina disse...

obrigada querida :)

JoãoLança'@ disse...

muito obrigado mesmo o:

Beatriz Magalhães disse...

Há sempre uma razão na vida para tudo...a vida ensina-nos sempre qualquer coisa*
Sabes? Muito obrigada pelo teu comentario!
Espero pela tua opinião,
Pensando com Arte.

Jack disse...

texto lindoo

Adriana disse...

A sério ? Passaste por tudo aquilo ? Queres falar ?

desculpa, estava de férias, só agora consegui vir ao blogue..